terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sapientia

O professor tem poder ou autoridade? Quando a autoridade do professor passa a ser tida com autoritarismo? Quando o professor executa seu trabalho com transformação? Estava pensando nessas e outras questões e lembrei de um trecho do livro "Aula", Roland Barthes:
"Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos. Essa experiência tem, creio eu, um nome ilustre e fora de moda, que ousarei tomar aqui sem complexo, na própria encruzilhada de sua etimologia: Sapientia: nenhum poder, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível" (Aula, 1996, p. 47).

2 comentários:

  1. O professor, mas sobretudo o educador deve estar em crise. A crise redireciona o perspectiva do olhar. Olha-se o que se deve, o que chama a atenção. Contudo, em meio à crise, ao desespero, à loucura olha-se o sem razão de ser. O homem, o educador, o professor, a sapientia, a demência, tudo em uma clara relação de por em questão o saber, o educar, a autoridade, bem como o autoritarismo.

    Viva a crise, o desespero, a desestruturação do capitalismo, do burguês, a ótica avassaladora da dominação!

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  2. É preciso inquietar-se. Se estamos inquietos com a realidade, já demos o primeiro passo rumo à sua transformação...Suas contribuições são importante nesse processo, nobre professor Wilton. Obrigado.

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